Não deixo de expor minha tristeza com relação a decisão do STF. Abaixo minhas palavras de repúdio a esses Ministros que acham que fizeram a melhor coisa do mundo. Não deve ter coisa melhor no Supremo para eles fazer.
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O jornalismo deve ser por FORMAÇÃO aliado a VOCAÇÃO
Como ficaria se fosse obrigatório o diploma para ser Ministro do STF? O que seria ENSINADO nos bancos acadêmicos? Roubar, ser corrupto, fazer o que eles fazem contra o povo, contra as instituições, contra a democracia? Há meus caros, isso qualquer um pode fazer, então para que exigir diploma? Escrevo isso porque agora eu escrevo o que eu quiser, cadê a Lei de Imprensa? Há essa já foi faz tempo. Afinal, agora existe a profissão jornalista? Sim é o que eu pergunto, porque se todo mundo agora pode ser jornalista, ninguém deve ser tratado como médico, dentista, cozinheiro, faxineira e muitas outras profissões. Sim, pelo que percebo desde quarta-feira todo mundo passou a ser jornalista e devem ser tratados como tal.
Essas pessoas que se dizem de poder não sabem quantos sonhos destruíram. Não sabem quantos acadêmicos sem as mínimas condições de pagar um curso superior estão neste momento lamentando uma perda tão grande da única profissão que queriam. Mas eles não desistem, pois sabem que escrever, falar e transmitir vai muito além do que uma simples vocação. Um diploma, que não passa de um papel escrito comprovando a sua formação, pode para os “ilustres” ministros do STF não valer muita coisa. Mas o conhecimento adquirido durante quatro anos vale muito mais do que qualquer decisão inútil. Já dizia Paulo Freire “Não basta saber ler, é preciso saber ler o mundo”. Neste momento lembro-me do meu mestre Rafael Hoff, que nas aulas de Mídia e Cultura nos cobrava a realidade. Era ele que nos dava aqueles textos chatos sobre democracia, política, região e regionalidade. Chatos, mas reais. Parabéns para quem conseguiu interpretá-los, essas pessoas hoje estão sabendo exatamente a dor da decisão do Supremo.
Não quero aqui desmerecer profissão nenhuma, porém meu caro ministro Gilmar Mendes um cozinheiro para ser considerado cheff tem que possuir diploma.
“Um excelente chefe de cozinha poderá ser formado numa faculdade de culinária, o que não legitima estarmos a exigir que toda e qualquer refeição seja feita por profissional registrado mediante diploma de curso superior nessa área. O Poder Público não pode restringir, dessa forma, a liberdade profissional no âmbito da culinária. Disso ninguém tem dúvida, o que não afasta a possibilidade do exercício abusivo e antiético dessa profissão, com riscos eventualmente até a saúde e à vida dos consumidores. Logo, um jornalista não precisa de formação para fazer bom jornalismo.” (palavras de Gilmar Mendes).
Abaixo transcrevo palavras da jornalista Elaine Tavares.
Pois claro. Vamos supor que o que tivesse em questão fosse a necessidade de uma faculdade de Direito para que o juiz pudesse julgar a vida de outras pessoas. Poderíamos, qualquer um, argumentar o seguinte: “Um excelente chefe de cozinha poderá ser formado numa faculdade de culinária, o que não legitima estarmos a exigir que toda e qualquer refeição seja feita por profissional registrado mediante diploma de curso superior nessa área. O Poder Público não pode restringir, dessa forma, a liberdade profissional no âmbito da culinária. Disso ninguém tem dúvida, o que não afasta a possibilidade do exercício abusivo e antiético dessa profissão, com riscos eventualmente até à saúde e à vida dos consumidores. Logo um juiz não precisa de formação para ser um bom juiz. Basta que ele tenha um bom senso de justiça e estude muito. ” Simples não?
Num país onde a maioria da população, desprovida do acesso à cultura e a educação, que se informa pela Globo, este simplório argumento representa uma vergonha. E nos causa profundo pesar ouvir isso de alguém que está acima de praticamente todos os habitantes da nação, o presidente do STF. É um argumento anti-intelectual, anti-cultural, anti-vida.
As palavras da jornalista são as palavras que muitos gostariam de dizer, mas por medo não as dizem.
Tenho orgulho de dizer que CONQUISTEI meu diploma a menos de seis meses e sou jornalista sim, por FORMAÇÃO e VOCAÇÃO. Mesmo acreditando que tinha vocação nunca dispensei a possibilidade de fazer um curso, e confesso não me arrependo nem um pouco. A universidade me fez crescer, me ensinou coisas que eu nunca imaginei que fariam parte do meu cotidiano como jornalista. Eu não fui buscar um diploma, eu fui adquirir conhecimento. E esse nenhum ministro do STF pode me tirar.
Jogados a sorte
Nada está tão ruim que não possa piorar. Neste momento a Lei de Murfhi é a que mais condiz com a realidade de nós jornalistas. Se antes tínhamos um amparo, mesmo que mínimo, do sindicato e da Delegacia do Trabalho, hoje só vemos sinais vermelhos. Mas nada de desanimar, só ganha a luta quem está unido. Agora nos resta refazer trajetórias, buscar saídas e cada vez mais, honrar nossa formação unidos em um mesmo ideal.
Sem regulamentação estamos entregues as vontades dos patrões, mas ainda temos a chance de lutar, se necessário, voltar às ruas, voltar à organização, voltar a vida! Foi só uma batalha...Outras virão....
Essas pessoas que se dizem de poder não sabem quantos sonhos destruíram. Não sabem quantos acadêmicos sem as mínimas condições de pagar um curso superior estão neste momento lamentando uma perda tão grande da única profissão que queriam. Mas eles não desistem, pois sabem que escrever, falar e transmitir vai muito além do que uma simples vocação. Um diploma, que não passa de um papel escrito comprovando a sua formação, pode para os “ilustres” ministros do STF não valer muita coisa. Mas o conhecimento adquirido durante quatro anos vale muito mais do que qualquer decisão inútil. Já dizia Paulo Freire “Não basta saber ler, é preciso saber ler o mundo”. Neste momento lembro-me do meu mestre Rafael Hoff, que nas aulas de Mídia e Cultura nos cobrava a realidade. Era ele que nos dava aqueles textos chatos sobre democracia, política, região e regionalidade. Chatos, mas reais. Parabéns para quem conseguiu interpretá-los, essas pessoas hoje estão sabendo exatamente a dor da decisão do Supremo.
Não quero aqui desmerecer profissão nenhuma, porém meu caro ministro Gilmar Mendes um cozinheiro para ser considerado cheff tem que possuir diploma.
“Um excelente chefe de cozinha poderá ser formado numa faculdade de culinária, o que não legitima estarmos a exigir que toda e qualquer refeição seja feita por profissional registrado mediante diploma de curso superior nessa área. O Poder Público não pode restringir, dessa forma, a liberdade profissional no âmbito da culinária. Disso ninguém tem dúvida, o que não afasta a possibilidade do exercício abusivo e antiético dessa profissão, com riscos eventualmente até a saúde e à vida dos consumidores. Logo, um jornalista não precisa de formação para fazer bom jornalismo.” (palavras de Gilmar Mendes).
Abaixo transcrevo palavras da jornalista Elaine Tavares.
Pois claro. Vamos supor que o que tivesse em questão fosse a necessidade de uma faculdade de Direito para que o juiz pudesse julgar a vida de outras pessoas. Poderíamos, qualquer um, argumentar o seguinte: “Um excelente chefe de cozinha poderá ser formado numa faculdade de culinária, o que não legitima estarmos a exigir que toda e qualquer refeição seja feita por profissional registrado mediante diploma de curso superior nessa área. O Poder Público não pode restringir, dessa forma, a liberdade profissional no âmbito da culinária. Disso ninguém tem dúvida, o que não afasta a possibilidade do exercício abusivo e antiético dessa profissão, com riscos eventualmente até à saúde e à vida dos consumidores. Logo um juiz não precisa de formação para ser um bom juiz. Basta que ele tenha um bom senso de justiça e estude muito. ” Simples não?
Num país onde a maioria da população, desprovida do acesso à cultura e a educação, que se informa pela Globo, este simplório argumento representa uma vergonha. E nos causa profundo pesar ouvir isso de alguém que está acima de praticamente todos os habitantes da nação, o presidente do STF. É um argumento anti-intelectual, anti-cultural, anti-vida.
As palavras da jornalista são as palavras que muitos gostariam de dizer, mas por medo não as dizem.
Tenho orgulho de dizer que CONQUISTEI meu diploma a menos de seis meses e sou jornalista sim, por FORMAÇÃO e VOCAÇÃO. Mesmo acreditando que tinha vocação nunca dispensei a possibilidade de fazer um curso, e confesso não me arrependo nem um pouco. A universidade me fez crescer, me ensinou coisas que eu nunca imaginei que fariam parte do meu cotidiano como jornalista. Eu não fui buscar um diploma, eu fui adquirir conhecimento. E esse nenhum ministro do STF pode me tirar.
Jogados a sorte
Nada está tão ruim que não possa piorar. Neste momento a Lei de Murfhi é a que mais condiz com a realidade de nós jornalistas. Se antes tínhamos um amparo, mesmo que mínimo, do sindicato e da Delegacia do Trabalho, hoje só vemos sinais vermelhos. Mas nada de desanimar, só ganha a luta quem está unido. Agora nos resta refazer trajetórias, buscar saídas e cada vez mais, honrar nossa formação unidos em um mesmo ideal.
Sem regulamentação estamos entregues as vontades dos patrões, mas ainda temos a chance de lutar, se necessário, voltar às ruas, voltar à organização, voltar a vida! Foi só uma batalha...Outras virão....
2 comentários:
Pois é Jaqueline. O furo da bala é mais embaixo. Várias perguntas ficam martelando em nossas cabeças. Queremos saber se isso vai mudar, porque o motivo do ocorrido todos já sabemos. É a grande mídia que manda. Inclusive na política.
Como diria Alberto Dinnes, é a tendêcia para o sofisma que reina entre os homens. A ilusão da lógica mais uma vez ocupa espaço nessas mentes insanas que decidem os rumos da nação. E numa alusão ao saudoso Brizola há que se concordar: eles defendem os seus "interésses" e nada mais.
É só o que posso concluir a partir da atitude.
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