
Como era bom quando deitávamos na calçada e ficávamos horas olhando para as nuvens e tentando adivinhar que desenho elas formavam. Hoje, quantos de nós ainda fazem isso? Nenhum, ou poucos. As crianças nem acham graça nessa brincadeira, que para nós era a diversão, junto com a amarelinha e o esconde esconde.
Hoje, achamos que nem temos tempo de parar e olhar para o céu, reclamamos do calor, do frio, da chuva, do sol, do sim e do não. Perdemos mais tempo reclamando, do que se olhássemos pela janela e contemplássemos o azul do céu com o sol brilhante, ou o escuro ao apontar a chuva, beleza rara, vista diferentemente por cada olhar. Ao pararmos no trânsito, reclamamos porque a fila está lenta, chingamos e por fim nos estressamos por nada. É, por nada, porque de qualquer forma teremos que ficar aí. Não reclame se por causa do trânsito chegaste atrasado, poderia ter saído antes. Ah não queria chegar muito cedo? Então, não reclame, a culpa não é do trânsito.
Esse tempo moderno que gosta de ditar regras, padrões. Parece que tudo gira em torno do mesmo. Porque ser igual, seguir um padrão? Não gosto de rotina, de estereótipos. Você já parou pra pensar quem são essas pessoas que ditam a moda, o padrão ideal? Quem garante que elas estão certas. Um exemplo claro. Todos dizem que o padrão de beleza é mulher magra, porém as pesquisas mostram que para cada cinco mulheres, uma é magra, e as outras quatro, estão acima do peso. OPA, peraí, qual mesmo que é o padrão?? Se existem mais "gordinhas", acho que o padrão é esse, não?!
Não estou aqui defendendo que ser gorda é estar na "moda". O importante não é o padrão, mas a qualidade de vida. Quem disse que ser magra é sinal de saúde, de qualidade de vida? O mesmo serve para as gordinhas, que cansam de ouvir que devem emagrecer e blá blá blá..Mas muitas dessas gordinhas tem muito mais qualidade de vida, do que magricelas por aí.
Mas a verdade é, que o que acaba com a vida das pessoas hoje é a "falta de tempo", do momento pra si. Da troca de ideias com o próprio EU. O que falta é olhar para as nuvens e sonhar, ver, criar e descobrir o desenho que tem lá em cima.
O que precisamos é parar de correr contra o relógio, e buscar acompanhar a sincronia real dos ponteiros. Precisamos lembrar que o importante nessa vida somos nós, não nossos negócios, dinheiro e afins. Nossa família, nossos amigos, nós somos o que importa nesse mundo.